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Palhaças abordam política e relações de poder em espetáculo para crianças

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Três palhaças contam e cantam a história de uma porção de terra distante, cercada de maldade por todos os lados. De fora, vêm os invasores terríveis e, de dentro, os reis autoritários. Como se salvar? O Mago Merlim usa seus feitiços para encontrar uma pessoa honrada que possa defender seu povo. Arthur trabalha noite e dia para fazer a ilha prosperar. O Bobo rebola, dá cambalhotas e faz de tudo para alegrar sua gente. Sozinhos não conseguem nada! Mas juntos podem mudar o destino da ilha num passe de mágica!

A Cia. Asfalto de Poesia segue em temporada com o espetáculo “Merlim, Arthur e o Bobo”, no Teatro João Caetano. A peça, escrita, produzida e encenada por mulheres palhaças, é voltada para o público infanto-juvenil e nasceu do desejo do grupo – que este ano completa 11 anos de existência e pesquisa na arte da palhaçada – de utilizar a magia das criaturas fantásticas arturianas para transmitir e questionar as relações corruptivas de poder e defender a participação da população.

“Acreditamos ser absolutamente vital para o público infanto-juvenil entender e conhecer as relações de poder, olhar para elas reconhece-las, de forma simples e lúdica, e por isso recriamos mito do rei Arthur de forma poética, bem humorada e abrasileirada”, complementa Amanda Massaro, integrante da Cia. Asfalto de Poesia.

No enredo, três palhaças contam e cantam a história de uma porção de terra distante, cercada de maldade por todos os lados. De fora, vêm os invasores terríveis e, de dentro, os reis autoritários. Como se salvar? O Mago Merlim usa seus feitiços para encontrar uma pessoa honrada que possa defender seu povo. Arthur trabalha noite e dia para fazer a ilha prosperar. O Bobo rebola, dá cambalhotas e faz de tudo para alegrar sua gente. Sozinhos não conseguem nada! Mas juntos podem mudar o destino da ilha num passe de mágica!

“Apesar do espetáculo se passar em uma ilha fictícia e praticamente medieval, identificamos diversas semelhanças com a forma em que o poder é exercido nos dias atuais. Como a individualidade se sobrepondo sobre o coletivo, nepotismo, guerras, golpes, entre outras práticas que minam a democracia”, afirma Maria Silvia do Nascimento, também integrante do grupo.

Ao interpretarem personagens masculinos, as atrizes tocam em um questionamento antigo dentro da palhaçaria: mulheres podem ser palhaças? Em um setor, predominantemente masculino, a palhaça coloca em primeiro plano a capacidade da mulher de acessar seu lado ridículo e de fazer graça consigo mesma e o público. Entre espetáculos e intervenções que fazem parte do repertório da Cia. Asfalto de Poesia, a intervenção carro-chefe das palhaças é a “Casada Consigo Mesma”, onde palhaças vestidas de noiva encorajam outras mulheres a se amarem, respeitarem e assumirem um compromisso de autoestima e empoderamento com elas mesmas.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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