Comédia, O Rei de Roma, satiriza a crise econômica italiana

Numa Tempesta é um bilionário homem de negócios que, levado por uma gigante necessidade de ser bem sucedido, faz qualquer coisa para fechar um negócio, mesmo que isso o leve a infringir a lei. Depois de uma negociação dar errado, ele pode ser preso ou pode cumprir a pena de um ano com serviços sociais.

A comédia dramática, de Daniele Luchetti (Meu Irmão é Filho Único”), exibida no Festival de Cannes 2018, faz um retrato dos relacionamentos, através da crise econômica social. Numa Tempesta se colocou em situação de risco ao infringir a lei, porém os fatos o mostrarão, que dinheiro não é tudo na vida. O roteiro dividido em três pontuais atos, mostrada a jornada de redenção de um homem, em busca de sucesso absoluto. A relação diária com os menos favorecidos, mesmo que ríspida, mostra a dificuldade de Numa de se relacionar com os outros, independente de dinheiro. Dinheiro que de fato compra as pessoas, mas não seu caminho para a redenção, e assim ele vai descobrir, o quão importantes essas pessoas são em suas vidas.

O elenco, sem exceção alguma, está em total sintonia! Tudo funciona com naturalidade em tom de tragicomédia. Chega a ser cômico a relação entre eles. Marco Giallini está super à vontade em seu personagem, parece apoiar o filme inteiro, até mesmo os momentos de menor sucesso. A comédia tragicômica, no entanto, tem vários pontos para reflexão e diversão despreocupada, sem ser crítica demais, como Luchetti está acostumado com alguns de seus filmes anteriores.

O  longa integrou as programações da 42ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, e da última edição do Festival do Rio.