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Beatriz Seigner transforma Los Silencios, em uma obra profunda sobre tristezas

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Amparo (Marleyda Soto) precisa lidar com o desaparecimento da filha e do marido (Enrique Diaz), enquanto espera seus documentos para passar pela fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, fugindo dos conflitos armados na região. Los Silencios é um retrato discreto de uma família que se ajusta a novas circunstâncias depois de ter sido forçado a fugir da violência em sua cidade natal.

Muito do poder supremo de Los Silencios está ligado à sua simplicidade, desde a essência do silêncio e da quietude que são usados como instrumento sonoro e audiovisual à obra.  O longa de Beatriz Seiger faz uso do ruído natural como estrutura sonora acrescentando uma trama eficiente e inebriante, com um que de Sexto Sentido, aqui, os mortos têm muito a dizer. Essas histórias são apresentadas com profundo respeito, ao mesmo tempo que traça uma realidade realista e mágica.

O filme é notável pela sua localização. A aldeia, precariamente equilibrada sobre palafitas, é uma metáfora perfeita para os espíritos dos mortos que vagueiam por ali. Há uma beleza decrépita nas cabanas, sua pintura sustenta uma obra de sensibilidade inebriante!

Los Silencios coexiste com um naturalismo prosaico! Beatriz Seigner transforma esse drama numa história tocante sobre tristezas profundas. O fato de muitos dos atores da cena viverem no conflito colombiano dá à cena uma ressonância adicional.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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