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Cinebiografia de Carlos Robledo Punch, com direção de Luis Ortega, é uma espécie de Bonnie e Clyde argentino

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Representante argentino Oscar 2019 , exibido no Festival de Cannes de 2018, O Anjo,   produção de Pedro Almodóvar, baseado em fatos reais, conta a história do maior serial killer argentino.

Com direção de Luis Ortega, o filme traz o toque de Almodóvar à obra, que bebe (e muito) de sua fonte. A câmera de Ortega passeia pela cena, imprimindo paixão e sedução, mas falta sua assinatura. Estamos diante de uma obra que parece ser dirigida por Almodóvar, não por Luis Ortega. O Anjo acaba se tornando mais uma cinebiografia na história do cinema, que poderia ter traços mais marcantes na direção e no roteiro. O filme não é ruim, mas poderia ser melhor, com um toque mais autoral de Ortega.

Quanto ao elenco, Lorenzo Ferro é quem dá vida à Carlitos, Carlos Robledo Punch, preso à mais de 45 anos. O ator leva as telas uma belíssima atuação do anjo mal, que marcou a história da Argentina. Chino Darin (filho de Ricardo Darin) faz jus ao nome do pai, aliás, o ator vem crescendo na profissão com ótimas atuações, como em Uma noite em 12 anos, filme sobre a ditadura Argentina. O encontro dos dois atores imprimem grande tensão sexual em cena, misturando os tons de Almodóvar numa espécie de Bonnie e Clyde.

A recriação da época é um deleite à parte! A década de 70 é recriada desde a direção de arte, passando pelos figurinos e a fotografia, com muito cuidado.

Considerado o maior serial killer da história da Argentina, sendo apelidado como o Anjo da Morte, quando preso, nunca teve a motivação de seus crimes revelada. Anos mais tarde, chegou a conversar com o  jornalista Rodolfo Palacios, que transformou sua história em livro, intitulado “O Anjo Negro”.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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