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Em Trânsito, de Christian Petzold, aborda a questão dos refugiados

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Adaptação do livro de Anna Seghers, de 1942, sobre um sobrevivente de um campo de concentração alemão procurando uma passagem segura através da França ocupada até à Marselha dos nossos dias, ganha as telas do cinema, com direção de Christian Petzold.

Risco define a ideia deste filme, o longa é do tipo “ame ou deixe-o”. O o novo filme de Christian Petzold, Em Trânsito, é bem diferente de outras obras sob sua direção.  O longa que não perde tempo de tela com explicações traz os nazistas invadindo a França no século XXI, enquanto imigrantes tentando ao máximo fugir da invasão.

O protagonista, um alemão chamado Georg (Franz Rogowski) mora em Paris, contudo ele se vê forçado a fugir, mediante ao avanço nazista. Em sua fuga, é acompanhado por um escritor praticamente a beira da morte, que  é esperado no consulado mexicano em Marselha, onde conseguirá um vista de imigração. Infelizmente, ele morre na viagem, e o Georg assume sua identidade. Durante todo processo de consegue a documentação, ele se relaciona com outros imigrantes, em especial uma mãe e seu filho que estão ilegais no país. Ele vai criando uma relação emocional com eles, afinal todos estão na mesma situação. Criando até uma relação amorosa com ex-esposa do falecido escritor, Marie (Paula Beer). As atuações são bem contidas e sóbrias. Apenas no encerramento o diretor arrisca algo mais fantasioso. A fotografia reflete a sobriedade da obra, mas também traz uma película melancólica e desoladora, enriquecidas pelo plano de fundo da guerra.

A fuga dos imigrantes é uma referência clara aos judeus do século XX, que foram caçados por toda Europa continental. O fato deles estarem passando por essa situação de fome, fuga, humilhação, verdadeiro desespero, não é o foco do filme, é apenas um segundo plano, que merecia mais foco. O romance toma mais atenção na trama, por mais estruturado que seja, se torna muito arrastado, quase ao limite de ser desinteressante. As histórias que vem com os personagens secundários são muito mais promissoras, porém não desenvolvem.

Em Trânsito, de Christian Petzold, conta com um roteiro político, que após certa reflexão, faz sentido de ser como é. Relacionando-se com eventos que acontecem hoje ao redor do mundo, trazendo à cena conflitos e crises políticas, guerrilhas entre povos ou desastres, que forçam uma população inteira migrar para algum lugar em busca de esperança.

 

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