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Dias Vazios: Robney Bruno Almeida aborda o vazio existencial em filme com tom melancólico

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Jean e Fabiana são um casal de namorados que cursam o último ano do ensino médio em uma pequena cidade do interior e vive um dilema: deixar a cidade em rumo ao um novo destino ou ficar e continuar a história de seus pais. Jean resolve pôr um fim a própria vida e Fabiana desaparece. Dois anos depois, Daniel e Alanis, um outro casal de jovens namorados, procuram entender o motivo do suicídio de Jean e qual foi o destino de Fabiana. Para eles essa busca se transforma numa chance de reinventar suas vidas.

Baseado no romance “Hoje Está Um Dia Morto”, de  André de Leones, Dias Vazios é um drama melancólico sobre o vazio existencial existente no ser humano. O longa segue dois casais de adolescentes, em períodos diferentes. Com um olhar cinzento sobre a vida, o diretor Robney Bruno Almeida leva as telas uma obra corajosa sobre jovens que não se tem perspectivas de vida. Dias Vazios tem sua base de sustentação na consciência de seu diretor e roteirista, que apresenta um tema difícil, com uma narrativa aguçada, onde o silencio é primordial em seu desenvolvimento.  Acinzentada e incolor, a camera transcorre em ponto de observação, onde a fotografia de Mauricio Baggio nos remete ao estado de espírito dos personagens, tudo é muito cinzento, sem cor, na base da dúvida  que a cor se propõe ao sentimento.

O diretor Robney Bruno Almeida merece atenção pela complexidade desta história que envolve realidade e ficção, sem um roteiro mastigado, por vezes nos remetendo há questões filosóficas e psicológicas.

Cheio de simbolismos, a narrativa dividida em três atos fragmentados, com uma narrativa que incomoda o espectador, seja pelo o discurso simplista ou pelo ritmo da montagem, o  filme é guiado pela narração de Alanis, porém a freira vivida por Carla Ribas é quem serve  como bússola dos protagonistas. Dias Vazios é um filme honesto e feito com grande empenho.

As filmagens foram feitas em Silvânia, a mesma cidade em que o livro de André de Leones se passa. Exibido na 21ª Mostra de Tiradentes e no Cine PE, onde foi premiado.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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