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O Olho e a Faca: Paulo Nascimento transporta o espectador para um drama claustrofóbico

Publicado em:

Por: Mallu Correa

Filme protagonizado por Rodrigo Lombardi conta a história de Roberto, um homem que trabalha numa plataforma de petróleo e vê sua vida desmoronando em todos os sentidos: familiar, profissional e principalmente, psicológico.

A obra tem uma premissa incrível que é mostrar como as atitudes de um homem, por menores que sejam, podem acabar resultando conseqüências drásticas: uma promoção que vai te fazer ficar mais tempo longe de casa, uma briga com seu filho que você não deu tanta importância assim, uma discussãozinha com a esposa que acabou não sendo completamente resolvida. É incrível como situações do dia-a-dia de qualquer pessoa se transformam em um verdadeiro inferno para o personagem. O diretor, Paulo Nascimento, trás uma sensação claustrofóbica nos planos que faz o telespectador sentir a angustia e a tristeza vivida, ao mesmo tempo que Rodrigo Lombardi entrega uma atuação maravilhosa, desde os momentos de alegria no começo do filme, até a sua deterioração completa.

A fotografia é algo que deve ser enaltecido, os planos abertos feitos principalmente na plataforma de petróleo mostram toda a beleza do lugar, ao mesmo tempo em que conseguem transmitir algo como a solidão, Roberto tem aparentemente um emprego perfeito, com amigos de longa data e uma família, até então, estruturada, mas faz você se perguntar: será que ele está feliz mesmo?.

Apesar de uma mensagem bonita na teoria, o filme vai deixando a desejar conforme vai chegando ao fim. Muitas questões são colocadas em pauta e pouco exploradas: a relação com o pai, com o filho, com a amante. Tudo tem um peso na vida de Roberto. A impressão que fica é que o roteiro foi todo pensado até o conflito. Todas as brigas são rasas e no fim acabam estragando uma boa história por falta de diálogos que acrescentariam intensidade.

O olho e a faca é mais um daqueles filmes esteticamente bonitos, mas que em relação ao conteúdo não tem muito a acrescentar. A experiência visual é válida, mas não consegue ser suficiente para agradar.

 

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