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O Mistério do Gato Chinês mistura drama e suspense numa obra sobre antepassados

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Baseado na obra homônima de Baku Yumemakura, O Mistério do Gato Chinês, conta a história de um gato demônio que atormenta a paz da cidade de Chang’na, durante a dinastia Tang, levando a morte três gerações de imperadores. O xamã japonês, Kukai (Shôta Sometami), e o poeta, Bai Letian (Xuan Huang), investigam o caso e descobrem que o gato está ligado com antigo concubina do imperador, envolvida numa trama sinistra e triste.

A primeira coisa a se notar no longa é a grandiosidade e beleza de sua produção nos cenários principalmente, mas também em vestuários (com seda transparente, e tecidos que pareciam ser de ouro ou de nuvens) mediante a quantidade de figurantes que aparecem em tela. As cores vibrantes misturadas com a arquitetura chinesa detalhada enchem os olhos e criam o questionamento de como fizeram isso tudo. Justamente por isso que os efeitos especiais ficam abaixo da média, comparados a  direção de arte e figurino de qualidade incontestável.

A trama começa como uma possível história de terror sobre um gato fantasma, contudo a teia narrativa vai sendo tecida e o filme se torna múltiplo, tornando-o quase impossível de categorizar em um gênero apenas. O que começa com terror, vira um drama com elementos mágicos e surpresas que ninguém esperava. Um mistério bom é definido quando todos os elementos de sua solução estão apresentados na história, assim como Sir Arthur Conan Doyle fazia em Sherlock Holmes.  O Mistério do Gato Chinês não cai na obviedade, mas sim, cria um desenrolar emocionante.

A técnica de atuação ocidental é diferente da oriental em que as emoções são muito estridentes ou bem contidas, também presentes neste filme, mesmo que de maneira mais suavizada. A dupla Kukai e Bai, trazem o silêncio da sabedoria e o outro a paixão falastrona. O diretor, Kaige Chen, já é um veterano de cinema, o que fica muito claro em sua habilidade com a câmera, utilizando planos sequências dando a noção de ambientes amplos, além de muitos planos do alto que contemplam da gloriosa cidade.

Além dos efeitos especiais que não impressionam muito, outra pequena falha é a complexidade da trama. A obra possui muitos nomes e personagens que podem aparecer em duas frases para nunca mais voltar, coisa que em um filme não pode acontecer. São muitos nomes citados rapidamente que aparecem, somem e voltam para sumir de novo,  criando uma confusão na cabeça de quem assiste. Mas é importante dizer que o filme já vale pelo tamanho de sua produção e belo minimalismo.

 

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