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Os 3 Infernais – Diretor falha ao tentar copiar Quentin Tarantino

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O estilo slasher movie, conhecido por títulos como Halloween, Sexta-Feira 13, ou A Hora do Pesadelo, produções que se destacam pela violência mais explícita e sangrenta, as vezes um pouco galhofada, mas é um estilo que faz sucesso de qualquer forma. Bob Zombie trouxe o terceiro filme de serial killers, que é a sequência de A Casa dos 1000 Corpos, e Rejeitados Pelo Diabo respectivamente, ambos tinham esse tom slash e com um tom de assassinos mais filosóficos, com discursos similares aos que Charles Manson (mandante dos assassinatos dos Caso Tate-LaBianca).

A trama passa logo após o final do segundo filme, em que Spaulding (Sid Haig), Otis (Bill Moseley) e Baby (Sheri Moon Zombie) sobreviveram a ofensiva policial e são devidamente punidos pela justiça penal. Ao conseguirem fugir, o personagem de Sid Haig acaba sendo condenado a morte, dando lugar para o novo parceiro de Otis e Baby, Winslow (Richard Blake).

O início do longa é a melhor parte, ele explica os outros através de reportagens polícias e é onde se revela um identidade dos personagens que é interessante, para quem gosta desse gênero de serial killers, apesar da justificativa impossível de sobrevivência dos assassinos, depois da ofensiva por parte da polícia. Existe uma autoria quando aos personagens, já que o roteiro também é assinado pelo diretor, Bob Zombie, onde eles são mais caricatos, ao exagero até. A fotografia em si, e o tom também em alguns momentos, tento ao máximo ser um Quentin Tarantino, sendo filmado também em 35 milímetros, que faz a imagem lembrar muito de Planeta Terror do diretor Robert Rodriguez. O lore, ou seja, a identidade dos protagonistas dentro do universo dos filmes é devidamente construída, porém quando eles se juntam a história vai por local ridículo.

O slasher movie se transformou em um filme ação de baixo orçamento, onde não só o sangue é feito digitalmente, mas também até a fumaça do cano de armas é falsa. O texto vira um aglomerado de falas bobas que usam palavrões como vírgulas. Além disso, há a transformação do grupo de assassinos comuns, sem treinamento nem nada, em matadores do nível de John Wick. É uma tentativa constante de se fazer engraçado, se fazer descolado, e de ser uma incrível filme de ação, falhando em tudo, o que engraçado é puramente por ser ridículo. O grave, que fica muito subentendido no longa, é a transformação de assassinos psicopatas e sádicos em quase figuras heroicas. Eles são sexualizados, e até se faz parecer que são pessoas boas. Esse tipo de atitude é condenável a partir do momento que você expõe que eles são sádicos, que são estupradores, eles matam sem motivo ou distinção. Em suma é um filme insosso, no sentido de soar muito falso tanto quanto em ação quanto em slash, e pela irresponsabilidade de transformar assassinos em heróis.

Foto: divulgação Paris Filmes

 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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