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Sefarad

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Com uma enorme passagem de tempo entre o começo do filme, em 1400, e o final, que acontece agora nos anos 2000, Sefarad conta a história do Capitão Artur Barros Bastos, um importante membro da comunidade judaica que vivia em Porto, capital de Portugal, no começo do século XX. O filme fala sobre sua trajetória tentando recuperar famílias de judeus que por séculos se esconderam e diminuíram suas práticas da religião para não serem perseguidos pelos católicos, mas que continuavam com a fé e os princípios intactos.

O filme é sobre, principalmente, a luta de um homem tentando alcançar aquilo que acredita, mesmo que todas as pessoas e que todas as circunstâncias estejam contra a situação. O capitão, sozinho, foi responsável por viajar por muitos lugares, tentando convencer os criptojudeus (que é como os chamavam) a voltar a praticar a religião abertamente e, principalmente, a freqüentar a sinagoga que o mesmo estava tentando construir em Porto.

A linha narrativa apressada que o filme apresenta por retratar um espaço de tempo tão longo afeta um pouco a sua qualidade técnica, visto que muitas coisas poderiam ter sido melhor desenvolvidas. Como a época em que a sinagoga acolheu os judeus refugiados da segunda guerra, que infelizmente ocupa pouco tempo de tela. Apesar disso, a construção do legado do capitão é bem definida e o filme retrata de uma forma bem realista a intolerância religiosa sofrida pelos não-católicos na Europa, que demorou centenas de anos para admitirem esses erros e falhas.

Sefarad é um filme que resgata memórias e é importantíssimo para a preservação da história, para que os judeus, os portugueses e também os católicos tenham acesso ao seu passado e tomem consciência de suas raízes e tudo o que se desenvolveu até chegarmos no presente. O filme é um importante marco pra comunidade judaica portuguesa.

Foto: divulgação Lira Filmes

 

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