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Superman: Entre a Foice e o Martelo – DC acerta em adaptar minissérie com primor

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Tenha o seguinte pensamento: Se o Superman caiu bebê no Kansas, por uma diferença de algumas horas ele não caiu na Ucrânia Soviética. A minissérie, Entre a Foice e o Martelo trata exatamente disso, como seria o mundo de o ser mais poderoso do planeta fosse criado como um comunista.

Lançada em 2003, criada por Mark Millar, a HQ foi sucesso de crítica e ganhou indicação ao prêmio Eisner. A trama adapta vários personagens icônico da DC, além do Superman, também traz a Mulher-maravilha, Batman, Lanterna Verde, e os vilões Luthor e Bizarro. Aos poucos a presença do Homem de Aço soviético altera as linhas históricas que conhecemos. Nesta história em especial, não existem vilões necessariamente, ela consegue ficar entre tons de cinza dos personagens, exceto a de Batman, que nesta realidade é um revolucionário terrorista, que não pensa duas vezes em sacrificar vidas inocentes se for para ferir o Homem de Aço. Ele é o único que tem o espírito maior de vilão. Os tons de cinza ficam muito mais claros em Luthor e Kal-El a medida que ambos querem fazer o bem, um representa o American Way of life e o outro é o herói da Utópia de Marx, ambos com egos imensos e que se perdem dentro de si mesmo.

A animação toma a liberdade de mudar alguns eventos do material original por dois motivos muito simples: a) a HQ tem muitas informação, é necessário resumir algumas coisas; b) cenas de ação combinam mais com um filme desse gênero. A animação usada no filme não é muito detalhista, e como não é um longa de cinema, poupar dinheiro é necessário, o que não deixa a qualidade cair, pelo contrário, s cenas de ação são muito dinâmicas e fluidas quando precisam ser. O design dos personagens é impecável, exatamente como o da minissérie.

O espírito de ambas obras é o mesmo, da original e a adaptada. Por exemplo, quando o Superman descobre as Gulags, os campos de concentração soviéticos, ele fica tão indignado quanto inúmeras pessoas esperando na fila de comida. Ele percebe que o sonho socialista está sendo corrompido pelo egocentrismo de Stalin.

A mesma falha que Stalin cometeu, Kal-El também o fez, ao impor seus ideais, por mais valorosos que fossem, ele deixa de ser um guerreiro da paz e se torna só mais um ditador totalitário. Nesse ambiente totalitário, onde terroristas como o Batman surgem pelo ódio contra tudo que o comunismo significa, é maior do que suas qualidades. Do outro lado do Globo, os EUA caem em caos à medida que o Inimigo Vermelho conquista nação após nação, e Luthor é a única coisa que mantém a América única em sua jornada contra o Filho Vermelho.

A moral dessa história é meramente representar que liberdade envolve errar, se a utopia existir, seja qual for ela, a humanidade deve acha-la sozinha. Não por meio de um ser alado vindo do espaço, nem por um super computador. O mundo perfeito existe, se vamos construí-lo é algo que só depende dos habitantes deste pequeno planeta azul.

Foto: reprodução da internet

 

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