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Verlust, novo filme de Esmir Filho, traz uma atmosfera permissiva

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“Não existe desejo sem perda”

Inspirado livremente no livro de mesmo nome, de Ismael Caneppele, o novo filme de Esmir Filho, VERLUST, traz Andrea Beltrão e Marina Lima em um drama sobre fama e poder. Com uma atmosfera permissiva, a imersão da câmera traz uma tensão latente à trama cheia de fetiches. Além disso, a fotografia é presa a uma estética sensual.

A trama é, certamente, cheia de signos e significados, sobre o desejo como a força que move os personagens, a história acompanha a poderosa empresária musical Frederica (Andrea Beltrão) que, isolada na praia ao lado do marido fotógrafo (o ator chileno Alfredo Castro) e a filha adolescente (Fernanda Pavanelli), concentra-se nos preparativos de uma esperada festa de réveillon, e ainda tem que administrar a vida e carreira do ícone Lenny (Marina Lima), que está produzindo uma obra misteriosa ao lado do escritor João Wommer (Ismael Caneppele).

O filme que se passa durante o ano novo, com o proposito de proporcionar a ilusão de segurança dos personagens, Verlust apresenta uma trilha sonora angustiante com o intuito de levar o espectador pela sua sonoridade para dentro de sua trama, onde castelos de areia têm seu tempo contado, contudo isso não define um ser humano.

A ruína e o desamparo devem acontecer para que se funde um corpo novo. A criatura é tudo aquilo que desconhecemos e que se coloca à nossa frente, tornando-nos impotentes. A crise é um processo de transformação. É preciso refletir à sua maneira diante do desconhecido que nos amedronta e nos ameaça. Com um futuro incerto pela frente, resta-nos sair fora da ordem que nos individualiza, é preciso nos desamparar. O que nos desampara nos recria.

Aliás, não é à toa que a compositora Marina Lima se uniu ao projeto para interpretar Lenny. Com uma extensa carreira e ícone de uma geração, Marina superou traumas e foi capaz de se reinventar. Ela personifica Lenny e seu constante movimento de busca. O disco “Marina Lima” é um objeto importante para as personagens principais, de forma que vida e obra se misturam.

VERLUST foi escrito e produzido ao longo de 10 anos, explica o diretor Esmir Filho. “Mais uma vez, trata-se de uma parceria minha com o escritor Ismael Caneppele, como no filme Os Famosos e os Duendes da Morte, em um diálogo entre dois tipos de arte que subverte os limites da adaptação”.

VERLUST  estreia nas plataformas Now, VivoPlay, OiPlay, no dia 19 de novembro.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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