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Itaú Cultural celebra centenário da estilista Zuzu Angel

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O Itaú Cultural coloca no ar, em seu site www.itaucultural.org.br, um conteúdo especial para celebrar o centenário de nascimento da estilista Zuzu Angel (1921-1976), comemorado no dia 5 (sábado).

Ao lado de amplo e histórico material dedicado a ela no site da exposição Ocupação Zuzu, de 2014, e no verbete em seu nome que integra a Enciclopédia Itaú Cultural, traz novos olhares sobre ela, em conversas com Virginia Siqueira Starling, que está escrevendo a sua biografia, o estilista Ronaldo Fraga, que em 2020 lhe prestou homenagem no São Paulo Fashion Week, e a jornalista Hildegard Angel, sua filha caçula, que traz antigos e novos olhares sobre a mãe.

O material produzido pelo Itaú Cultural para comemorar o centenário de nascimento de Zuzu Angel dá luz à postura revolucionária, tanto na moda, quanto na maternidade, no feminino e na militância. A proposta é trazer à tona mais olhares sobre quem foi Zuzu Angel.

“A gente tem de conhecer Zuzu a fundo porque ela nos ensinou e continua a ensinar o que podemos fazer com as nossas próprias mãos, com criatividade, e como achar força em um momento de dificuldade para poder falar o que acredita”, diz Virginia ao site do Itaú Cultural. “Ela fez o que achava que tinha de fazer. A gente não pode deixar passar essa história em branco e falar ‘ah! ela enfrentou a ditadura’, mas, sim, entender porque ela a enfrentou e porque isso era importante para ela”, complementa.

Nascida na cidade de Curvelo, em Minas Gerais, Zuleika de Souza Netto ficou conhecida nacional e internacionalmente como Zuzu Angel, estilista e figurinista e uma das responsáveis pela criação de um mercado nacional de moda. Em 1971, o seu filho Stuart Angel, de 26 anos, foi preso e morto pelo regime. Ela usou o seu trabalho e reconhecimento para denunciar essa morte e como forma de protesto contra a política e a violência do Estado brasileiro durante a ditadura.

 “Zuzu Angel foi a primeira estilista a falar em legitimidade da moda brasileira, o primeiro nome feminino em um universo dominado por homens. Principalmente, se dedicou a este ofício, em uma época em que o Brasil era muito dependente das notícias do que era lançado na Europa”, analisa Ronaldo Fraga. “Imagina o que era se inspirar em Lampião e Maria Bonita em 1971”, diz.

Aliás, para ele, a figura de Zuzu também é marcada pela coragem de usar seu ofício como costureira e criadora como uma forma de manifesto: “quando você vê a trajetória dela, entende que não é única só no Brasil; é única no mundo. Na história da moda você não tem um inglês, italiano, francês, alemão que tenha usado a moda de forma tão radical como denúncia do governo como ela fez. Acho que Zuzu, hoje, deveria ser estudada para além das escolas de moda”, conclui Fraga.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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