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“Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra” traz novo olhar sobre os materiais primários utilizados na construção

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Exposição reúne 24 painéis a céu aberto em plena Praça Mauá.

Foto: Pablo Casals

De 8 de setembro a 17 de outubro, com entrada franca, a exposição “Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra”, na Praça Mauá, traz novo olhar sobre os materiais primários utilizados na construção, o significado para a sustentabilidade e as soluções técnicas e arquitetônicas em projetos contemporâneos.

Um pavilhão de madeira sustentável de reflorestamento formado por 24 painéisfotográficos e tipográficos, em plena Praça Mauá, irá receber, a exposição “Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra” que contribui com novas formas de pensar e entender os desafios da arquitetura contemporânea, com questões urgentes.

Além disso, a mostra proporciona uma experiência arquitetônica unindo o conhecimento do que se tem de mais novo na alta tecnologia a um dos primeiros materiais usados na construção, a terra (como a argila e o barro), e suas aplicações contemporâneas.

O evento a céu aberto, com entrada franca, é a mostra oficial da Suíça no 27º Congresso Mundial de Arquitetos UIA2021RIO. Dividida em dois pilares: exposição e webinares gratuitos, abordando temas como inovação tecnológica, fabricação digital, cultura e história do pisé (técnica de construção em argila,chamado taipa no Brasil) e sustentabilidade dos materiais usados.

“Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra” é realizado pela Insight Architecture, uma empresa suíça que valoriza a arquitetura através de viagens arquitetônicas, eventos e design com foco no Brasil, em parceria com os arquitetos Diego Baloian, do Chile, e Pedro Rivera, do Brasil. Tem ainda a colaboração do Instituto Federal Suíço de Tecnologiade Zurique ETH e apoio do Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro.

O pavilhão de exposições, na Praça Mauá, foi desenhado pelo arquiteto chileno Diego Baloian, (em parceria com Sebastián Silva, Matías Baeza e Juan Pablo Peró), com a colaboração da ITA, construtora brasileira especializada em madeira sustentávelde reflorestamento. A curadoria da exposição é da Insight Architecture, com conteúdo em parceria com a ETH Zurique ecom os arquitetos Fabio Gramazio e Matthias Kohler, da Gramazio Kohler Research, e Roger Boltshauser, do Studio Boltshauser.

O objetivo do projeto é apresentar novas perspectivas de futuro através de uma arquitetura mais sustentável, que dê início a um novo capítulo na história da arquitetura contemporânea, com o uso da terra, um material inteiramente renovável e neutro em carbono que, ao contrário do cimento, não precisa ser queimado durante o processo de refinamento, utilizando um método de fabricação digital que amplia as possibilidades à prática da arquitetura e construção.

“É a união da low-technology, a milenar argila, com o high-tech, aliado ao que há de mais inovador em robótica, garantindo precisão na construção e criando outros horizontes para a arquitetura. Queremos sugerir novos caminhos”, diz o idealizador da exposição Jason Baumann, da Insight Architecture.

O pavilhão vai abrigar painéis com ilustrações das obras Kiln Tower – Torre do Forno e Robotic Clay Rotunda além de uma breve historia do uso da argila na arquitetura. Haverá ainda QR Code com diversos vídeos sobre as obras, além de textos informativos adicionais.

A exposição pretende atingir, não só o público especializado em arquitetura, mas, certamente, também a todos que se propõe a conhecer novas formas de uma construção mais sustentável. Ter conhecimento do potencial da argila crua, um dos materiais de construção mais antigos que se tem conhecimento, disponível em grandes quantidades em todo o mundo, e totalmente reutilizável e neutro em carbono, é de interesse global. Ao longo da história, o desenvolvimento tecnológico reduziu gradativamente o uso da argila a partir da introdução do calcário queimado, usado para produzir cimento, o ingrediente obrigatório para produzir concreto armado. O uso massivo do concreto como um material muito versátil e supostamente eterno, foi possibilitado pela disponibilidade quase infinita de energia barata baseada em carvão e petróleo, ao longo do século XX, mas que já se provou danoso para o meio ambiente.

Hoje, cerca de 30% dos edifícios residenciais em todo o mundo são construídos com terra ou argila. Quase 100 dos mais de 500 monumentos na lista de 2004 do Patrimônio Mundial da UNESCO foram construídos parcial ou totalmente com argila. Alguns exemplos bem conhecidos são a Grande Muralha da China, os “arranha-céus” argilosos em Shibam e a Alhambra em Granada.

Para tornar esse projeto possível, os professores do Instituto Federal Suíço de Tecnologiade Zurique ETH do Studio Boltshauser e Gramazio Kohler Research vem investigando o potencial das construções de argila através de dois projetos de protótipos que foram desenvolvidos em conjunto com estudantes e jovens pesquisadores. Mesmo que a engenharia estrutural avançada, o design computacional e a fabricação robótica possibilitem essas investigações arquitetônicas, seu potencial total só será possível quando e se houver uma mudança no sistema de valores tradicional da sociedade.

Serviço:
Praça Mauá, s/n – Centro do Rio
De 08/09 a 17/10 de 2021
Horário: de 10h às 18h
Entrada Franca

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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