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José Patrício expõe obras inéditas na Galeria Nara Roesler

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O artista pernambucano José Patrício, que é conhecido no circuito de arte, tanto no Brasil como no exterior, usa materiais simples do cotidiano, principalmente botões – que ele compra em armarinhos, liquidações – para criar padrões geométricos e cinéticos. Na exposição “José Patrício – Infinitos outros” serão expostos trabalhos inéditos, com botões costurados em tela sobre suporte de madeira, e também um conjunto de “Conexões cromáticas”, em que usa selos postais da Inglaterra sobre impressão em papel.

 Os trabalhos com botões, que se tornaram emblemáticos na trajetória de José Patrício, começaram em 2005, derivados das obras feitas com dominós, que chamou a atenção do circuito da arte para o artista, quando em 1999 criou uma instalação para o convento de São Francisco, em João Pessoa, usando as peças do jogo.

“Nesta exposição na Nara Roesler, no Rio, houve uma tentativa de dar uma unidade a partir dos elementos e do tratamento que foi dado a eles, no caso o botão. Por outro lado, este aspecto cinético que existe nas obras também traz esta unidade”, conta o artista. “Progressão cinética XI” (2022), com 161 x 159 cm, “comenta um pouco o trabalho que considero importante, que é uma série de instalações com dominós montados no chão, chamada ‘Ars combinatoria’, que se compõe por quadrados realizados por três jogos de dominó, e, em cada ação, o resultado é diferente”, diz José Patrício. “Esta obra é também uma arte combinatória que utiliza os botões”.

As obras com botões têm 3.600 quadrados cada, e apenas um espaço central permanece vazio. O artista usa uma grade com 80 espaços em um lado e 80 no outro, “que são preenchidos com os botões”. “A forma de preencher são muitas, infinitas, não só a partir dos elementos à disposição, mas também das seqüências que serão criadas ali na estrutura”.

As exceções são “Espirais cinéticas II” (2022) e “Espirais cinéticas III” (2022), dois dípticos medindo respectivamente 115,5 x 222 cm e 114 x 224 cm, com um viés cinético, e que utilizam a estrutura de 112 dominós, recorrente no trabalho do artista.

“Eu não existiria sem minhas repetições”, Nelson Rodrigues (1912-1980), é uma frase que o artista diz que pode também ser atribuída a ele. “A chave-mestra do meu trabalho talvez seja essa da repetição, que a cada concretização de uma obra consegue ser diferente. Eu repito sempre, mas também sempre tenho resultados diferentes. É algo que me move. Fazer este exercício de conseguir resultados novos a partir de uma estrutura dada”, explica.

“José Patrício – Infinitos outros”  fica exposta na Galeria Nara Roesler, em Ipanema, a partir de 20 de maio de 2023.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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