“As Bruxas de Mayfair”: Adaptação de Anne Rice virou novela de bruxas

O tema da bruxaria está inegavelmente ligado ao feminino, visto que a bruxa tornou-se símbolo para a liberdade feminina. Anne Rice é uma das escritoras mais bem sucedidas da literatura gótica, criado do clássico eterno Entrevista com o Vampiro. Todavia ela decidiu abordar outro ser sobrenatural  na série “As Bruxas de Mayfair”.

Em “As Bruxas de Mayfair”, Rowan Fielding (Alexandra Daddario) é uma grande cirurgiã, responsável por verdadeiros milhares no hospital, até que ela descobre que esses milagres são fruto de magia vinda dela mesma. Rowan vai descobrir que ela vem de uma longa linhagem de bruxas, todas conectadas com o espírito violento Lasher (Jack Huston).

Veja bem, “As Bruxas de Mayfair” fica naquela zona cinza onde o roteiro tem várias reviravoltas inúteis apenas para encher linguiça e criar uma temporada mais longa, porém é tão cativante que prende atenção do público nessas voltas. A trama se baseia principalmente em questões feministas, pois apesar de ser uma excelente cirurgiã, Rowan ainda é uma mulher, e obviamente é vítima de machismo. É curioso que Lasher seja o espírito que incita a rebeldia e a liberdade das bruxas, sendo ele mesmo um homem. Fica a questão se haverá um grande conflito quanto a isso no futuro.

Aliás, como sabemos, por ser uma obra de Anne Rice é quase obrigatório que ela passe em Nova Orleans. Toda a Fotografia parece ter um tipo de filtro esverdeado que faz clara alusão ao verde pantanoso da Louisiana, também usando de base as velhas histórias de terror da bruxa do pântano.

 Percebe-se que “As Bruxas de Mayfair” se leva a sério, contudo ela acaba se tornando muito mais uma série de conforto e tédio que algo que causará ansiedade até a próxima temporada.