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Festival Multiplicidade ocupa o Futuros – Arte e Tecnologia em sua 18ª edição

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No ano em que celebra a maioridade, o Festival Multiplicidade justifica mais do que nunca o seu nome e se desdobra em quatro. Na sua edição de 18 anos, o evento, pioneiro na fusão de imagens e sons inusitados, abraça outros festivais e projetos, entre inéditos e já existentes para expor sua multiplicidade através de muitas curadorias convidadas nesse ano.

Festival Multiplicidade
Foto: @blinia.m

 Batman Zavareze, idealizador e curador do Festival Multiplicidade, conta “O Multiplicidade nasce de minha intensa curiosidade em embaralhar as fronteiras das linguagens artísticas e dessa vez, trazendo novas curadorias na programação”.

Até dia 26 de novembro, o Multiplicidade recebe três eventos: Ultrasonidos, NFT.Rio e 2050 + Studio Krya, nessa ordem, com residências artísticas, instalações expositivas, debates, shows e festas. Aliás, neste 2023, o festival destaca o tema “É ontem”.

“Esse tema tem a ver com a urgência, com o olhar para nossas ancestralidades, com a diversidade”, explica Batman Zavareze; “Isso significa amplificar as investigações que o Festival Multiplicidade sempre promoveu, ora usando as tecnologias do presente, do passado e do futuro, sempre com a mesma generosidade. É memória, é escuta, é porta aberta para quem jamais entrou, é afeto, é poético, ou como diz o dito Yorubá: ‘Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje'”.

O Festival Multiplicidade oferece uma agenda cultural diversificada com exposições, espetáculos teatrais, palestras e oficinas no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia.

O Multiplicidade 18 anos abriu dia 3 de novembro com a Ocupação Festival Ultrasonidos no Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, ampliando e misturando públicos e olhares dentro de sua autonomia como projeto autoral. Em sua segunda edição, o Festival Ultrasonidos, de conexões musicais latinas promoveu o encontro de artistas do Brasil com de países vizinhos, sempre em duplas: grupo vocal Fémina (Argentina) e o tecladista afrofuturista Jonathan Ferr, e a multi-instrumentista, produtora e DJ Kaleema (Argentina) e a cantora Filipe Catto. As residências artísticas ocorreram no LabSonica e os shows, resultantes dessas residências, no Futuros – Arte e Tecnologia, incluindo também debates, intervenções, instalação expositiva e festa.

Entre os dias 08 e 12 de novembro, foi a vez do Festival Multiplicidade celebrar os seus 18 anos de existência/resistência poética, com uma seleção de conteúdos de sua trajetória, sintetizados na instalação sonora “Quer Ver, Escute”, um contraponto ao conteúdo fortemente imagético que é uma das marcas do festival, trazendo um material que revela seus movimentos de afeto e de urgência, incluindo fracassos e até mesmo seus sucessos. “Esse é uma instalação que nos deixa nu, diante de muitos anos investindo nas pesquisas visuais, por isso a intenção é que as pessoas fechem os olhos para escutar melhor. É um grande remix dos nossos 18 anos contados em 18 minutos numa experiência exclusivamente sonora.” A obra ficou exposta no 4º andar do Futuros – Arte e Tecnologia, galeria mais generosa do espaço, e contou com o suporte do grandioso Sound System (também conhecido como paredão de som) do Digitaldubs.

Comandado por Marcus MPC, do Digitaldubs, o NFT.Rio chega à sua segunda edição entre os dias 15 e 19/11. O evento internacional, dedicado à arte e à cultura do NFT, vai incluir exposições, talk shows, performances, encontro de comunidades e workshops. Entre os destaques da exposição principal do NFT.Rio, que se estende até 26/11, há a colaboração de algumas das maiores coleções de arte digital do mundo, como The Medici Collection, do misterioso Cozomo de Medici, cuja identidade já foi atribuída ao músico Snoop Dogg (com obras de Refik Anadol e Beeple), Vincent Van Dough (com Jake Fried e Omentejovem), ArtBlocks (a principal plataforma de projetos de arte generativa) e mais.

O NFT.Rio vai exibir também o novíssimo trabalho “Winds of Yawanawa”, de Refik Anadol (celebrado artista turco, radicado nos EUA) e o povo Yawanawa: uma representação visual abstrata da Amazônia, que usa dados da floresta, analisados em tempo real por sistemas de inteligência artificial, para criar imagens de partículas em movimento. Já a atriz e cantora Thalma de Freitas vai puxar um bate-papo com convidados sobre mercado da música e as possibilidades que se abrem com NFTs no dia 15 de novembro.

Por fim, 2050 + Studio Krya, parceria com os coletivos da favela do Santo Amaro, no Rio, ocupa o Futuros – Arte e Tecnologia entre os dias 22 e 26/11, com diversas atividades. 2050 + Studio Krya são iniciativas pensadas e criadas para promover, de um lado, a favela como centro de tecnologia e inovação e, do outro, a ancestralidade como perspectiva de futuro.

Além de uma exposição fixa, até o dia 26 de novembro, mostrando o trabalho dos artistas Rxbisco, Clyckbycria, Gean Guilherme, Velez e Ottis, todos crias da comunidade do Santo Amaro, no Rio, o evento vai trazer a palestra Encruzilhada tecnológica: robô não faz macumba, com o professor de língua e cultura yorubá da UFRJ Bàbá Ọ̀nà e outros convidados, discutindo como o pensamento ocidental molda nossa compreensão das tecnologias e como podemos decolonizar nosso letramento digital. Destaque também para o Metabaile, uma experiência imersiva multimídia, que integra os universos físico e digital, com o DJ Crazy Jeff, do Santo Amaro, e dançarinos.

“A importância do Multiplicidade se expande a cada ano, assim como o próprio evento. Isso se dá através das conexões que começam a ser construídas em cada ocupação no Futuros – Arte e Tecnologia e vão se consolidando com o passar do tempo. Portanto, o conceito do ‘abraço’ é mesmo perfeito para esse festival, e nós abraçamos o Multiplicidade e toda a diversidade abraçada por ele”, declara Carla Uller, gerente executiva de Programas, Projetos e Comunicação do Oi Futuro.

“Seremos uma constelação durante um mês, com projetos convidados para serem estrelas”, resume Batman, piloto dessa grande nave-mãe. E diante de tanta ousadia no compartilhamento ele reforça: “Ao criar uma programação além de curadores convidados, trouxemos projetos e festivais artísticos autorais que já têm sua própria relevância na cidade, com a intenção de buscar as interseções culturais nas muitas bolhas que naturalmente navegamos para ressignificar a forma como estamos realizando cultura na cidade e no Brasil. Vamos vencer.”

SERVIÇO:
Festival Multiplicidade
Horários: quarta a domingo, das 11h às 20h*
*Excepcionalmente no dia 16 e 25 de novembro o espaço funciona até às 22h
Ingresso: entrada franca
Local: Futuros – Arte e Tecnologia (Endereço: Rua Dois de dezembro, 63)
Informações: 21 3131-3060
Classificação indicativa: livre

O Festival Multiplicidade tem apoio do Oi Futuro e patrocínio da Oi, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. O evento integra a programação do Vem, Futuro!, projeto realizado pela Zucca Produções, com correalização de Futuros – Arte e Tecnologia e gestão cultural do Oi Futuro, que oferece uma agenda cultural diversificada com exposições, espetáculos teatrais, palestras e oficinas no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia ao longo de 11 meses.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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