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Pobres Criaturas faz Releitura de Frankestein em meio ao Surrealismo de Yorgos Lanthimos

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Terror, drama e crítica social, Pobres Criaturas é certamente, um filme que desafia as convenções.

Releitura de Frankenstein, dirigida por Yorgos Lanthimos e protagonizada por Emma Stone, Pobres Criaturas é baseado no livro homônimo de Alasdair Gray. Quarta parceria de Emma Stone, com o diretor, Pobres Criaturas conta a história de Bella Baxter, uma mulher criada por um cientista (maluco), que tem o corpo de uma mulher adulta com o cérebro de um bebê.

Pobres Criaturas

Marcado por suas várias cenas de sexo e nudez, o novo longa, do cineasta Yorgos Lanthimos, traz a atriz Emma Stone em atuação impecável, em meio as discussões sociológicas, antropológicas e feministas. Impulsionado por uma atuação corajosa e fisicamente comprometida de Stone, o filme segue a jornada de Bella Baxter como uma folha em branco e prestes a conquistar o mundo.

Aliás, de fato, é mais que evidente a fisicalidade do desempenho notável da atriz! Não estou falando apenas sobre as cenas de sexo, mas também como Bella aborda seu corpo e mente como uma aventura a ser descoberta. O uso virtuoso que a atriz faz de seu corpo é, de fato, elemento crucial desse enredo inventivo. Aliás, impossível não citar a atuação de Willem Dafoe como o médico Godwin Baxter, em um personagem que vive literalmente o Médico e o Monstro (personagens centrais do livro de Robert Louis Stevenson) no mesmo corpo. Dafoe traz a cena uma atuação estonteante, excêntrica e alinhada a uma construção visceral de seu personagem.

No longa, a estética surrealista passeia por um mundo às vezes preto e branco e outras vezes multicolorido, onde mergulhamos em um cenário futurista e Vitoriano ao mesmo tempo. O mundo criado por Yorgos é, certamente, envolvente pela sua singularidade e pelo seu carnaval de estranheza, a visão peculiar do cineasta é criativamente desinibida, fazendo justiça ao passeio selvagem deste explosivo filme.

A inventividade de Yorgos nos leva a uma combinação surpreendente com as cores. Ele traz um nível de ousadia artística surrealista, digo não só em referencia ao Movimento Artístico e Cultural, ao construir imagens ilógicas, ao mesmo tempo que investiga o inconsciente humano. Além disso, a escolha estética da direção leva as telas uma produção completamente desinibida em muitos sentidos. A combinação de cores transcorre impecável junto a construção da narrativa e de seus personagens aterrorizantes (em muitos sentidos). O roteiro assinado por Tony McNamara reúne tudo: humor, terror, drama e crítica social. Pobres Criaturas é certamente, um filme que desafia as convenções.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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