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“As Seguidoras”, com Maria Bopp, questiona ilusório mundo das redes sociais

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Série mistura sátira, ironia em trama de suspense.

As Seguidoras
Foto: LAURA CAMPANELLA

 “As Seguidoras”, nova série original da Paramount Plus estrelada por Maria Bopp, questiona o ego do ser humano através de uma tragicomédia sobre o ilusório mundo das redes sociais. Aliás, “As Seguidoras” é a primeira série de ficção original do Paramount+ com produção da Porta dos Fundos.

A serie, que mistura suspense com pitadas de humor, teve oito semanas de gravação, é uma sátira da realidade. “As Seguidoras” conta a história de Liv, uma influenciadora digital que leva sua obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências e acaba se transforma em uma serial killer acima de qualquer suspeita.

Em coletiva de imprensa, Maria Bopp, a famosa “blogueirinha do fim do mundo”, conta que a sua personagem das redes sociais, ajudou na construção de Liv. Com relação a preparação da personagem ela contou que foi, totalmente, on-line, já que se baseia em pessoas que auto intitulam influenciadoras, “Estudei muitas pessoas no Instagram”.

A atriz Bopp  ainda complementou, como nós nos tornarmos refém das redes sociais, independentemente, se você trabalha com audiovisual, ou não, as redes sociais se tornaram uma vitrine para o seu trabalho. “A cada semana as pessoas levam as últimas consequências para conseguir likes, as pessoas usam de polemicas para voltar para mídia”, Maria Bopp ainda complementou com exemplos recentes como o caso do Monark.

 Bopp também contou que seu maior desafio foi o fato de ser a sua primeira protagonista cômica, “sempre fiz drama foi um desafio incorporar trazer comedia para uma personagem”.  Raissa Chaddad , a Bia de “Chiquititas”, também está no elenco. A atriz conta que atingir um publico mais adulto era um sonho.

“As Seguidoras” é uma série que explora a ironia disso tudo, conta Manuela Cantuária, criadora e produtora da série. “A ideia da serie se baseia nos perfis de grandes influenciadores e como as redes sociais enlouquecem a vida das pessoas”, conta ela. Manuela enfatizou que normalmente as séries de serial killers são normalmente protagonizadas por homens, “Em “As Seguidoras” foi um desafio entender a mente das mulheres para construir as personagens.

Para construir a série, foi necessário acompanhar a rotina de mega influenciadoras, que foram base de inspiração. Além disso, a serie “Barry”, protagonizada por Bill Hader, e a série “Killing Eve”, protagonizada Sandra Oh, foi uma grande inspiração.

A serie tem o tom do absurdo, mas também mistura comedia. O tom cômico tinha que aparecer de alguma forma, afinal é uma serie com assinatura da Porta dos Fundos, as produtoras contaram que eles sempre muito receptivos e respeitando as ideias alheias. Aliás, a sala de roteiro foi toda feita por Zoom, por conta da pandemia.

“As Seguidoras” conta com seis episódios, perfeita para maratonar, já que todos os episódios ficarão disponíveis de uma só vez. A série estreia no dia 6 de março.

 “A Seguidoras” trará grande ênfase em pontos como a cultura do cancelamento e a positividade tóxica, nas palavras da protagonista Liv: “É mais fácil matar, esquartejar, transportar, embalsamar, ocultar um cadáver do que passar pelo tribunal da internet”.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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