- Publicidade -

Rádio Batuta apresenta programa sobre músicas contestadoras IMS -RJ

Publicado em:

Os atentados terroristas em Paris em 13 de novembro do ano passado fizeram, mais uma vez, a “Marselhesa” ser cantada com fervor na França, e ouvida em todo o mundo. O hino francês, composto em 1792, abre, na voz de Edith Piaf, a série O som da rebeldia, que a Rádio Batuta apresenta entre os dias 25 e 29 de janeiro – os episódios ficarão permanentemente disponíveis no site da rádio de internet do Instituto Moreira Salles (radiobatuta.com.br).

A série tem concepção, roteiro e apresentação do jornalista Roberto Muggiati, e terá cinco capítulos, reunindo no total 100 músicas que foram contestadoras, de modo explicitamente político ou com viés comportamental. Muggiati comenta todas, contando curiosidades sobre elas. O prazer da audição é acompanhado de muitas informações históricas.

O tema do primeiro episódio – que estará na Batuta no dia 25 – é “Hinos de guerra, cantos revolucionários”. A “Marselhesa” é sucedida de canções como a “Internacional” (hino comunista), o “Hino da Resistência” (à invasão nazista da França), “Bella ciao”, “Guantanamera”, “Comandante Che Guevara” (Victor Jara) e “Clandestino” (Manu Chao).

No dia 26, entra no site “O protesto afro-americano: do blues e do folk ao jazz”. Muggiati selecionou gravações de artistas negros fundamentais, como Bessie Smith, Robert Johnson, Paul Robeson (em “Ol’ man river”), Louis Armstrong, Billie Holiday (na dolorosa “Strange fruit”), Dizzy Gillespie e Charles Mingus.

O terceiro capítulo vai ao outro lado do Atlântico: “Europa: cabaré, chansonniers, cantautori”. No elenco de intérpretes e compositores, estão Kurt Weill & Bertolt Brecht, Yves Montand, Gianni Morandi (cantando a versão original de “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”), Pedro Abrunhosa e a combativa dupla russa Pussy Riot.

Chega no dia 28 “O som e a fúria do roquenrol”. O repertório começa com o pioneiro Bill Haley e passa por Elvis Presley, Bob Dylan, The Who, Rolling Stones, Jimi Hendrix, The Doors, Beatles, Sex Pistols, The Clash, Pink Floyd e Nirvana. Ainda dá tempo de ir à Jamaica para ouvir o reggae de Bob Marley, Peter Tosh e Jimmy Cliff.

A série termina com a estreia, no dia 29, de “Brasil: que país é este?”. Até chegar ao rock da Legião Urbana que dá título ao episódio, ouvem-se Chiquinha Gonzaga, Dorival Caymmi, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tim Maia e Cássia Eller.

Além de sua programação frequente – que conta com Arthur Dapieve, Reinaldo Figueiredo, João Máximo, Joaquim Ferreira dos Santos e outros –, a Rádio Batuta produz documentários e séries, como os dedicados a Frank Sinatra, Orlando Silva, Cole Porter, João Gilberto, Noel Rosa e Jorge Ben Jor.

Roberto Muggiati
Nascido em Curitiba em 1937, é jornalista desde 1954. Trabalhou na Gazeta do Povo (1954-1960). Entre 1959 e 1962, colaborou no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, no suplemento literário de O Estado de S. Paulo e na revista Senhor. Cursou o Centre de Formation des Journalistes de Paris (1960-1962), trabalhou no Serviço Brasileiro da BBC de Londres (1962-1965), foi editor de Artes & Espetáculos na fase inicial da revista Veja em São Paulo (1968-1969), editor no Rio de Janeiro das revistas Fatos&Fotos (1969-1970),Manchete (1975-1999) e editor de Projetos Jornalísticos da Bloch Editores (1996-2000). Na área cultural, cobriu o mundo do jazz numa série de concertos e festivais na Europa e no Brasil entre os anos 1960 e 2010. É colaborador regular de jornais, revistas e sites do país inteiro. Publicou mais de 20 livros sobre política (Mao e a China, 1968), música (Rock – O grito e o mito, 1973 [Rock: el grito y el mito na Espanha, México e Argentina]; O que é jazz, 1983; Jazz: uma história em quatro tempos, 1985; Blues: da lama à fama, 1995;New Jazz: de volta para o futuro, 1999, Improvisando soluções: o jazz como estratégia para o sucesso, 2008); e ficção (A contorcionista mongol, 2000). É um dos autores de Aconteceu na Manchete – As histórias que ninguém contou (2008) e de 1973 – O ano que reinventou a MPB (2013).

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
3.870 Seguidores
Seguir
- Publicidade -