O Amor no Divã

“Se fosse fácil, Rivotril não tinha virado aspirina”

Enquanto, Miguel (Paulo Vilhena) sofre com o distanciamento de Roberta (Fernanda Paes Leme), mais preocupada com a carreira que com a relação. A terapeuta de casais, Malka Stein que está prestes a completar 30 anos de casada, está vivendo uma crise em seu próprio casamento. Com a aposentadoria de seu marido e a chegada de um jovem casal para terapia, fazem com que Malka comece a questionar sua vida e seu próprio casamento. Ao longo das sessões os dilemas se cruzam e a terapeuta passa a analisar o que acontece em seu próprio relacionamento.

Amor no divã retrata bem crise no casamento seja em qualquer idade. O filme é uma comédia romântica leve e divertida que aborda as dificuldades de lidar com os problemas do casamento. Aos poucos, as vidas dos dois casais vão se misturando, propiciando uma comédia leve e romântica, repleta de situações divertidas.

A montagem mistura a história de quatro casais em fases diferentes da vida, (sim, são quatro). Além dos casais protagonistas, depoimentos de um casal de idosos e um casal de lésbicas, tudo com muito bom humor e bom timing cômico.

A química e sintonia em cena é ótima e proporciona bons momentos. Destaque para atuação de Zezé Polessa no papel da terapeuta Malka e seu método inusitado de tratamento.

Mesmo se tratando de uma comédia romântica, o filme consegue passar mensagens importantes sobre relacionamentos, a insegurança de Roberta com relação as alunas de Miguel é uma delas. O fato de que divórcio não é uma opção, é uma saída, é muito bem colocado, os diálogos e os eventos mostram que os casais querem realmente ficar juntos.

A trilha sonora complementa a montagem que enaltece as questões abordadas. A cada sessão de terapia é fácil perceber que Miguel e Roberta estão indo para um duelo.

Amor no Divã é um filme de fácil identificação do espectador, afinal quem nunca passou por crises no relacionamento.

Foto: Aline Arruda