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Indicada ao Oscar, Natalie Portman estrela “Jackie”, drama sobre Jacqueline Kennedy

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jaqkie cEm 22 de novembro de 1963, o presidente John F. Kennedy e a primeira-dama, Jacqueline Kennedy (Natalie Portman), participavam de uma carreata presidencial em Dallas, no Texas, quando um tiro, disparado do prédio de depósito de livros escolares, matou o político. O filme se passa durante os quatro dias após o seu falecimento, onde Jacqueline e a família enfrentam o luto na Casa Branca.

Jaqueline Kennedy era uma mulher de personalidade marcante, conhecida pela sua exuberância, em Jackie, ela é desmitificada pelo contexto sombrio, a tornando um ser humano como qualquer outro, sensível e vulnerável nesse momento da vida.

A fotografia retrata bem o momento vivido, com uma estética cinzenta e uma trilha sonora fúnebre durante toda a projeção, Jackie caminha através da conversa de Jacqueline com um jornalista (sem citar nomes e veículos de comunicação), assim o enredo se desenrola.

Estamos diante de um enredo histórico documental, onde o diretor chileno Pablo Larraín usa da famosa licença poética para contar trechos de sua vida, como o contato com um padre irlandês durante 15 anos através de cartas (durante o filme, Jackie conversa com ele pessoalmente) e a criação do mito de Camelot sobre John F. Kennedy, para defender seu legado.

Larraín monta uma história não linear mantendo fatos importantes durante os quatro dias, após o fatídico evento da morte do presidente americano. Um deles é o fato de Jackie continuar vestida com o traje Chanel ensanguentado durante o juramento de Lyndon Johnson, além do grande desejo de se fazer um grande funeral, assim como o do presidente Lincoln.

A relação com o álcool é bem colocada em uma sequência de surto (se assim posso dizer), onde Jacqueline precisa urgentemente se libertar da dor que a corroí. Cabe a Natalie Portman uma performance fantástica em um belíssimo trabalho de corpo e voz!

Portman veste a personagem perfeitamente! Desde seu tom de voz firme, passando pelos trejeitos à importância da representatividade do cargo como primeira-dama em sua vida, em uma atuação contida ao mesmo tempo que manipuladora, afinal o poder não é para todos.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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