- Publicidade -

“Negação” tenta se sustentar na satisfação emocional do espectador

Publicado em:

NegaçãoBaseado em um caso real que originou o livro “Denial: Holocaust History on Trial,  “Negação” narra a batalha legal em busca da verdade histórica de Deborah E. Lipstadt sobre sua luta pela verdade contra o escritor britânico David Irving, que lhe processou após acusar Irving de ser um negacionista do holocausto, em um de seus livros.

No sistema jurídico inglês, em casos de calúnia, o ônus da prova cabe ao réu. Portanto, Lipstadt e sua equipe jurídica, liderada por Richard Rampton, precisavam provar uma verdade essencial: que o Holocausto ocorreu.

O caso que se iniciou em 1994 e só foi julgado no ano 2000, apresenta a historiadora Deborah E. Lipstadt (Rachel Weisz), especializada em holocausto, que luta para provar a existência do genocídio. Do outro lado, o verdadeiro caluniador, David Irving, aspirante de Hitler, difamante,, racista, misógino e extremista. Irving também é historiador, porém um grande manipulador de evidências e negligente com a história mundial.

“Negação” é um convite para conhecer esse inesperado episódio que durou 6 anos e foi julgado em 8 semanas. A história por si só ganhou fortes proporções devido ao curioso sistema da corte britânica, e a direção assinada por Mick Jackson (O Guarda- Costas, L.A. History) fez muito bem em contextualizar o atual momento da década de 1990 junto com o holocausto.

Veja bem, o filme é bem contextualizado, mas não basta uma boa história para fazer um bom filme. Em “Negação”, o diretor Mick Jackson comete uma sucessão de erros que tornam a narrativa lenta e sem grandes momentos. Sim, as atuações são ótimas, mas não sustentam o filme. Os personagens de Rachel Weisz e Timothy Spall são cheios de camadas, mas e o elenco secundário é pouquíssimo aproveitado na trama.

O filme trabalha na satisfação emocional do espectador, a trilha sonora faz esse papel muito bem, é edificante.

É uma obra que vai além do relato de justiça, é pela memória dos que sofreram e ainda sofrem pelos atos absurdos de um ditador. O que aconteceu em Auschwitz (e durante toda a II Guerra Mundial) jamais poderá ser esquecido.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
3.870 Seguidores
Seguir
- Publicidade -