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O Banquete: Daniela Tomas traça um jogo de xadrez com cartas marcadas, sobre o Brasil

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Um recorte politico social do Brasil, em diferentes fases da sua história, O Banquete reúne fragmentos reais da realidade do país, indiferente da crise que ele passa. A obra dirigida por Daniela Thomas (Linha de Passe, Vazante) filmada em apenas uma locação, é um jogo de xadrez com cartas marcadas.

O roteiro cínico e irônico traz o olhar da classe artística e jornalística contra regimes opressivos. O discurso do longa se dá na fala de seus personagens que discorrem sobre o clima de desconfiança, não só sobre o Brasil, mas também sobre suas vidas, numa noite, com o pretexto de ser uma comemoração de casamento. Porém, o intuito é sempre o contra-ataque, como num jogo de xadrez, os movimentos são precisos, seja de câmera ou nos diálogos, que se contrapõem o tempo todo.

Daniela Thomas coloca em pratica a burguesia discutindo o futuro do país numa mesa de jantar cheia de pompa e circunstancia, com a câmera passeando pelos arquétipos bem construídos pelo elenco (de peso) em ótimas atuações. A veracidade dos personagens é assustadora! Cabe à Drica Moraes (em atuação avassaladora!) e Mariana Lima travarem uma batalha de egos visceral se digladiando sem sutilezas.

Sem sugerir ideias sobre a origem dos conflitos (as inspirações são muitas) , a obra se passa no fim da década de 1980, período que o Brasil ainda vive uma época de extrema instabilidade política e incerteza geral.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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