Robin Hood – A Origem reinventa a história de Howard Pyle.  

Dirigida por Otto Bathurst (de “Black Mirror”) e produzida por Leonardo DiCaprio, a superprodução retrata a mítica lenda de Robin Hood com uma nova roupagem e um novo enredo.  Na trama, Robin Hood retorna das Cruzadas e descobre que xerife local (Ben Mendelsohn, que mais parece um general que só faz gritar) forjou sua morte e destruiu seu legado. Em busca de vingança e justiça, ele se junta a Little John (Jamie Foxx), que também está em busca de justiça. Little John o treina, assim se tornando Robin Hood (que faz parkour).

Taaron Egerton está bem em cena, mas, infelizmente, seu porte físico não veste o ideal de Robin Hood.  O diretor Otto Bathurst não ajuda na consistência do personagem, fazendo de Hood, um sujeito sem personalidade. Alias, o diretor coloca a Igreja Católica como principal vilã, mas não sustenta a construção de um real vilão, tornando a trama frágil. Robin Hood – A Origem mistura  aventura, ação e romance esquecendo suas origens. O roteiro de Ben Chandler e David James Kelly desrespeita a obra de Howard Pyle.

 O figurino de época é artificial, não imprimindo a proposta da história, como as jaquetas de couro. Repleto de cenas no campo de batalha, com boas coreografia de luta, o longa que traz referencias estéticas de O Príncipe da Pérsia, usa de recursos visuais para expor uma estética do gueto, porém mal desenvolvida. A construção de uma suposta favela não faz sentido, em meio as labaredas de fogo, onde você não identifica aonde começa e aonde acaba. A computação gráfica se mistura à realidade criando um caos visual.