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Escape Room: Mais um jogo mortal na linha das franquias

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Um dos filões do cinema que mais possui subgêneros é o terror. Entre os anos 70 e 80, diretores viram abertura para levar às salas produções mais explícitas e violentas, dando início à categoria conhecida como torture porn, a qual conta com exemplares como O Massacre da Serra Elétrica e Holocausto Canibal. Com a aproximação e chegado da década de 90, os filmes splatter – como também eram conhecidos – deram espaço a outros estilos, voltando ao mainstream no começo dos anos 2000 com o blockbuster Jogos Mortais, o qual parece ser uma das inspirações para Escape Room.

O longa – escrito por Maria Melnik (“American Gods”) e Bragi Schut (“Caça às Bruxas”), com direção de Adam Robitel – acompanha quatro pessoas que recebem um convite para ir a uma escape room – jogo em que um grupo fica preso em um cenário, tendo o prazo de sessenta minutos para resolver um mistério e sair da sala. E esta partida específica conta com um ótimo incentivo: o prêmio de 100 mil dólares. No entanto, esta disputa logo se mostra muito mais realista e perigosa do que eles esperavam, obrigando-os a lutar pela sobrevivência enquanto tentam escapar.

Assim, já de começo, a produção estabelece que todos os participantes do jogo tem algo em comum, algum trauma do passado e uma habilidade que pode ser útil para tirá-los dali. O grupo é composto por Danny (Nik Donani), um especialista em escape rooms, Amanda (Deborah Ann Woll), uma militar reformada, Daisy (Taylor Russell), uma intelectual, e Ben (Logan Miller), o menos preparado do quarteto. Porém, o longa nunca se aprofunda nas nuances das personagens, tornando-os apenas estereótipos com uma camada a mais com funções muito mais práticas na trama do qualquer outra coisa.

No entanto, o que falta em desenvolvimento é compensado pelas cenas de ação, as quais são bem dirigidas e ajudam a trazer o espectador para dentro da trama. Contudo, o enredo perde bastante o fôlego no terceiro ato, quando o roteiro se volta para o campo da ficção científica para introduzir uma explicação escatológica com viés mortal. Isso pode dividir a opinião do público, mas, ao mesmo tempo, dá abertura para o começo de um franquia – o que pode ser uma boa escolha, caso o universo criado aqui seja melhor desenvolvido.

Desta forma, Escape Room não apresenta uma trama totalmente original, mas não esconde isso, pois não nega que bebe da fonte de Jogos Mortais e Cubo – além de um terceiro longa de sucesso que, se citado, estraga o plot twist do terceiro ato. O longa tem defeitos e falha ao apresentar suas personagens apenas como peças de um jogo em vez de desenvolvê-los junto com a trama, porém é um bom pontapé inicial para a criação de um novo universo, o que é uma chance de renovar o gênero Terror, o qual já anda um tanto quanto saturado. Só resta esperar para ver o que será feito deste enredo daqui para frente.

 

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