Homem-Aranha: Longe de Casa renova a franquia com carisma e humor

A nova adaptação do super-herói aracnídeo começa logo após os eventos de Vingadores: Ultimato, após o blip, como consequência direta. A artimanha usada em Homem Aranha: Longe de Casa é compreensível neste momento pós-Ultimato, que traz a aparição do enigmático Mysterio, em um clima underground decorrente dos rastros deixados no último filme.

O novo longa traz um clima juvenil, rico em humor e aventura, o que transforma o filme em uma grande aventura sobre o amadurecimento. O conflito existencial, que permeia todo o longa-metragem, dialoga com os eventos. O filme basicamente mostra a evolução Paker no seu papel como herói e como pessoa.  O carisma de Tom Holland toma conta da cena adolescente, mesmo com um tom infantil exagerado em relação aos professores que acompanham a turma na excursão à Europa. Tom Holland volta com muito mais confiança e entusiasmo, com direito a muitas cenas cheias de ação que é difícil escolher uma favorita.  

O roteiro consegue desenvolver o arco dramático do herói sem soar piegas. Aliás, o segundo ato do longa é desenvolvido com inteligência, retratando a questão psicológica do herói que  perdeu seus companheiros heroicos, com um toque dramático. A dinâmica da edição junto aos efeitos visuais traz ao longa, uma obra no nível blockbuster,  ao mesmo tempo que desenvolve a jornada do herói, sem quebrar o ritmo da projeção. Sem dúvida alguma, Homem Aranha: Longe de Casa é uma das melhores adaptações do herói da vizinhança.