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Sombras de Um Crime: Liam Neeson interpreta detetive na Era do Ouro

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 Liam Neeson é Philip Marlowe, icônico detetive obstinado inventado por Raymond Chandler.

Sombras de Um CrimeLiam Nesson botando para quebrar na Era do Ouro? Sim, é isso mesmo! Em Sombras de Um Crime, um detetive particular Philip Marlowe (Liam Neeson) é contratado para encontrar o ex-amante da ambiciosa Clare Cavendish (Diane Kruger), herdeira da estrela de Hollywood Dorothy Quincannon (Jessica Lange). A investigação do desaparecimento dá início a uma série de reviravoltas mortais envolvendo a elite da indústria cinematográfica no final da década de 30.

Suspense policial, baseado no livro “The Black-Eyed Blonde”, escrita por Benjamin Black, em 2014,  traz Liam Neeson em um personagem clássico, algo que não vemos há tempos. O ator traz seus trejeitos usados ultimamente nos filmes de ação para um filme mediano, no estilo Noir, porém que não diz muito a que vem.

A escolha da narrativa em seguir em ritmo lento é equivocada, a ponto de deixar o espectador sonolento. Certamente Sombras de Um Crime é uma tentativa frouxa de fazer um Noir pouco convincente com a tecnologia de hoje.  Com um roteiro vagaroso, este conto pseudo-Philip Marlowe é um conto tedioso. Aliás, o enredo é tão pouco envolvente e pouco inventivo que poderia ter se tornado uma paródia. Ainda assim, fato é, Neeson se encaixa perfeitamente no papel de Marlowe, porém não é o suficiente para um bom filme.

Envolto em um forte cheiro de naftalina, o longa é lindamente filmado, com uma estética Noir estonteante, com a glamour e a essência do início dos anos 40. Porém, Sombras de Um Crime falha em se defender.

Além disso, Diane Kruger e Jessica Lange contracenam com um enredo criado para personagens femme fatale. Dorothy Quincannon é uma ex-estrela de Hollywood cuja filha foi representada nos jornais como sobrinha, para não envelhecê-la.

Apesar das boas intenções, Sombras de Um Crime é apenas um mistério insosso em sem gosto, nesta última tentativa de trazer um detetive particular clássico para a tela grande.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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