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Adeus, Wilker

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Conhecedor assíduo da Sétima Arte, cinéfilo e dono de um acervo enorme de filmes, José Wilker nos deixou ontem, 5 de Abril de 2014, deixando um legado enorme de talento por onde passou.

Foram quase 30 novelas e 70 filmes que José Wilker protagonizou. Conquistou amigos, admiradores e muito respeito tanto na profissão como nas ruas pela pessoa que foi.

O cearense, de Juazeiro do Norte, filho da dona de casa Raimunda e do cacheiro Severino, ainda criança se mudou para Recife. Aos 13 anos fez figuração em teleteatro e teste para locutor, como começou a carreira. Em 1964, começa a carreira de ator profissional no Movimento Popular de Cultura, do Partido Comunista. Ali estudou teatro e dirigiu espetáculos pelo sertão.

Aos 19 anos, se mudou para o Rio de Janeiro para estudar Sociologia, mas o curso logo seria abandonado para se dedicar exclusivamente ao teatro.

Foram inúmeros personagens no teatro, na tv e no cinema. Um trabalho admirado por muitos que deixará saudades. Abaixo, você encontrará  alguns de seus trabalhos de grande destaque:

Em 1970,  ganhou vários prêmios com a peça ‘O arquiteto e o imperador da Assíria’, de Fernando Arrabal, recebendo o prêmio Molière de melhor ator.

Sua estreia nas novelas foi em 1971, em “Bandeira 2” de Dias Gomes, em 1975, faz seu primeiro protagonista na tv com a adaptação de George Dust em “Gabriela”.

 Em 1976, faz a adaptação cinematográfica de “Dona Flor e seus dois maridos”.  

Em 1977, ficou fora das novelas e interpretou uma série de papéis no cinema: ‘Xica da Silva’, ‘Diamante bruto’, ‘A batalha dos Guararapes’ e ‘O golpe mais louco do mundo’. Em 1980, fez Bye, Bye, Brasil’, de Cacá Diegues,  filme indicado ao festival de Cannes. Em 1986, estrela o filme ‘O homem da capa preta’, de Sergio Rezende, que lhe daria o prêmio de melhor ator no festival de Gramado.

Em 1987, começa a dirigir e atuar nas telenovelas ‘Carmem’, de Gloria Perez, e ‘Corpo santo’, NA TV Manchete.

Entre 1992 e 1994, atua na minissérie ‘Anos rebeldes’, de Gilberto Braga e ‘Agosto’.

Em 1996, começa a dirigir episódios do extinto seriado “Sai de Baixo” e volta a trabalhar com o diretor Sergio Rezende no filme ‘Guerra de Canudos’, onde interpreta Antônio Conselheiro.

Em 2003, Wilker assumiu a direção da RioFilme, distribuidoras de filmes da cidade.

Em 2004, ganha destaque com o personagem Giovanni Improtta da novela “Senhora do Destino”, que virou filme em 2013.

Dos trabalhos mais recentes, atuou nos filmes “Romance”, “Sexo com amor”, “A Casa da Mãe Joana”, “A Casa da Mãe Joana 2” e “Embarque imediato” e na minissérie “Amazônia: De Galvez a Chico Mendes”.

Seu último papel na tv foi na novela “Amor à vida”, como o médico Herbert.

O adeus ao diretor, ator e crítico de cinema aconteceu no dia 06 de Abril de 2014, no Teatro Ipanema. Fãs, admiradores, colegas de profissão passaram por lá.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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